Desvendando a BIA! Erros e acertos importantes.
26 mar, 2012 | 5 Comentários »Uma equação sempre difícil de lidar nas organizações é a falta de tempo, dinheiro e pessoal que alguns gestores enfrentam. Elas tornam todo o sistema de gestão moroso, desgastante e consequentemente falho. Obviamente engrenagens lentas oferecem maior risco, perdas e causam prejuízos. Será que está acontecendo isso na sua empresa neste momento?
A Governança corporativa tenta ao máximo minimizar isso, e a governança de riscos complementa-a identificando em domínios específicos[1] qual o risco corporativo existente e como mantê-los em níveis satisfatórios para a organização. Risco sempre existe e existirá, isso faz parte dos negócios e parte do mercado.
Especificamente no domínio de Continuidade de Negócios, temos a importante missão de entender os processos da empresa, identificar suas vulnerabilidades, seus impactos, o quanto é dependente de pessoas ou de tecnologias e também quais suas interdependências ou terceirizações.
Além disso, precisamos entender as tecnologias, informações e outros ativos que suportam os processos de negócios, seus detalhes, riscos e tempos para recuperação.
Cruzando tudo isso temos uma Análise de Impactos no Negócio e uma Análise de Sustentabilidade de Ativos que serão ferramentas importantes para justificar investimentos em equipes, controles e capacidades que permitam correr riscos operacionais menores e estar preparado para situações adversas (crises ou desastres).
Nosso foco nesse artigo é a BIA – Business Impact Analysis (Análise de Impactos no Negócio), que pode ser considerado o CORAÇÃO da Gestão de Continuidade de Negócios (PDCA), ou até mesmo da gestão empresarial.
Três erros comuns ao tentar fazer uma BIA:
1o. Nunca fizemos uma BIA antes. Agora enviaremos questionários que baixamos da Internet (padrões) e enviaremos por e-mail para Diretores e/ou Gestores para que respondam.
- Este erro é clássico e demonstra falta de maturidade no processo ou na equipe que está conduzindo o processo. Risco para mim é uma coisa, para você é outra e para seu gestor é outra totalmente diferente. As pessoas tem percepções e experiências diferentes sobre riscos durante a vida, e portanto, as respostas serão muito diferentes. Sem falar dos questionários padronizados que existem. Sempre há uma necessidade de personalização ou ajuste, nunca se esqueça disso!
2o. Uso um software que não entendo como ele faz o cálculo do resultado da BIA.
- Principalmente se for a primeira BIA na sua empresa, esqueça um software! Vá para o entendimento cara a cara dos processos. Conheça-os. Questione. Identifique as informações, valide-as e peça aprovação das informações que foram fornecidas.
3o. Não aprovar os resultados com a Alta Administração.
- Ops! Não aprovar significa que seu trabalho não serviu para nada. Precisa formalmente apresentar a metodologia usada e os resultados da classificação dos processos. Isso poderá colocar tudo a perder nas próximas fases do projeto de Continuidade de Negócios. Se o BOARD não conhece e reconhece o BIA, para que servirá para justificar investimentos no que é critico?
10 Passos para uma BIA bem feita:
- Defina um escopo bem objetivo. – Algo relevante e importante para o negócio. Escopos diferentes disso são descredibilizados e já não servem para as auditorias;
- Crie um Comitê Executivo (Alta Administração) para apoiar e aprovar. – Importante para garantir a validade e importância do BIA;
- Defina o que é Alto, Médio e Baixo para impactos financeiros (servirá como uma métrica). – Importante para alinhar o que o negócio considera importante e aquilo que os gestores consideram importante;
- Defina o que é mais importante para a empresa. Perdas financeiras, de Imagem, Legais, Sociais ou Ambientais. – Cada empresa tem um foco e impactos mais sensíveis a outros. Este peso poderá ser usado no calculo para o BIA;
- Defina uma entrevista padrão que servirá para ser aplicada em todos os processos;
- Realize as entrevistas com todos os gestores e/ou grupos dos processos;
- Valide as informações;
- Identifique os tempos importantes para o negócio: RTO, RPO e MTPD de cada processo;
- Identifique os serviços de TIC que são utilizados no processo;
- Identifique e contabilize os impactos.
- Consolide os resultados e classifique os processos em ordem decrescente. – Esta análise reforça os resultados do BIA e diminui as fragilidades;
- Redija o documento executivo explicando todo a metodologia utilizada. – Algo que qualquer executivo entenda independente da área;
- Faça uma apresentação executiva dos resultados. – Ora de prestar contas. Enfatize os mais impactantes e ouça as criticas e sugestões da Alta Administração;
- Peca aprovação da Alta Administração. – Garante o apoio e reconhecimento da metodologia, bem como reforça as atenções das áreas fins;
10. Publique o relatório final à Alta Administração e Gerencia da organização.
Uma BIA tem suma importância na justificativa do Plano de Continuidade. Seus resultados serão os balizadores para as demais estratégias de processos, TIC e pessoas. É muito importante que um processo de BIA seja simples e direto.
Perguntas cruciais são:
a) questionar os processos para identificar quais são os cenários factíveis de interrupção do mesmo, e quando acontecem (RTO)? (sempre considere o pior cenário);
b) quais os impactos que decorrerão destes cenários?;
c) qual a última posição de dados que precisaria no caso de continuidade, último backup (RPO)?.
Em média o tempo de cada entrevista será de 2 horas.
Uma BIA deve ser revisada anualmente incluindo novamente passar pela Alta Administração, apos a revisão para ser aprovada.
[1] São domínios de riscos estratégicos: Continuidade de Negócios, Governança Corporativa e de TI, Segurança da Informação, Responsabilidade Social Corporativa, Gestão de Riscos, Segurança-Saúde e Meio Ambiente e Leis e Regulamentos.
Na atual fase do projeto que estou desenvolvendo na empresa que presto consultoria, esta matéria venho ser o “norte” para o PCN.
O mais difícil é ter o apoio gerencial e da diretoria quanto ao início do projeto, mostrando que não é uma dispesa e sim um investimento.
Contudo espero poder iniciar, levar adiante e mostrar o quanto é importante um projeto que mostre a real situação no negócio.
Maravilha Prof. Jeferson.
Como aluno seu formado, na POS em Segurança da Informação, só posso parabenizá-lo pelo excelente artigo. BIA.
Este foi um tema que discutimos muito em sala, hoje seguindo estes passos faço sem problema algum, um
BIA com uma qualidade adimirada por todos gestores.
Parabens.
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