Ebola. Perigo iminente para TODOS.

11 ago, 2014 | 1 Comentário »

ebola

Enquanto estavamos fazendo atualizações de Planos de Continuidade de Negócios, Planos de Gerenciamento de Crises, Planos de Comunicação em Crises cobrindo o H1N1 nos ultimos anos, com muito medo que realmente um dia os utilizaríamos, esquecemos que nosso planeta e nossa sociedade é repleta de outras terríveis ameaças biológicas e epidemiológicas. O Ebola é a mais terrivel na minha opinião, e pode mudar o mundo como o conhecemos hoje, e torçam para não haver variações. O H1N1 por exemplo já está em H1N9, variações que sequer tem tido vascinas recentes.

Fiz vários planos que contemplam preparações e gerenciamento deste tipo de crises, porém com o Ebola é diferente!

Segundo o website da MSF – Médicos sem fronteiras no Brasil, a reação já está demorando, e pode comprometer a resposta ao incidente, que neste momento já É UMA CRISE MUNDIAL, não se iluda!

“Nesta sexta-feira, 8 de agosto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a epidemia de Ebola emergência internacional de saúde pública. Veja a resposta do diretor operacional de Médicos Sem Fronteiras (MSF), Bart Janssens, à esta medida:

“Declarar Ebola uma emergência internacional de saúde pública mostra quão seriamente a OMS está assumindo o surto atual, mas declarações não salvam vidas.

Agora, precisamos que esta declaração se traduza em ação imediata em campo. Por semanas, MSF tem repetido que uma massiva resposta médica, epidemiológica e de saúde pública é desesperadamente necessária para salvar vidas e reverter o curso da epidemia. Vidas estão sendo perdidas porque a resposta é lenta demais.

Países que possuem as capacidades necessárias devem enviar imediatamente os infectologistas disponíveis e kits de socorro para a região. Está claro que a epidemia não será contida sem um envolvimento massivo destes Estados.

Em termos concretos, tudo precisa ser radicalmente ampliado: atendimento médico, treinamento de profissionais de saúde, controle de infecção, rastreamento das pessoas que tiveram contato com pessoas infectadas, vigilância epidemiológica, sistemas de alerta e referência, mobilização comunitária e educação (sobre o vírus).

MSF conta atualmente com 66 profissionais internacionais e 610 nacionais respondendo à crise nos três países afetados. Todos os nossos especialistas em ebola estão mobilizados, nós simplesmente não podemos fazer mais.”

Atualização operacional de Médicos Sem Fronteiras na resposta à epidemia de Ebola

Equipes de emergência da organização internacional MSF prosseguem nos seus esforços de combate à epidemia de Ebola na África Ocidental. A doença já causou 932 mortes desde o início da epidemia em março deste ano, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Nas últimas semanas, equipes de MSF observaram um preocupante pico na epidemia, com o número de casos aumentando dramaticamente em Serra Leoa e Libéria, e a doença se espalhando para muito mais cidades e vilarejos.

Atualmente, MSF conta com 676 profissionais trabalhando na Guiné, Serra Leoa e Libéria, mas a organização alerta que chegou ao limite em termos de recursos humanos, insistindo para que OMS, autoridades de saúde e outras organizações intensifiquem sua resposta.

Guiné
Na Guiné, MSF administra dois centros de gestão de casos de Ebola – um na capital, Conakry, e outro em Guéckédou, no sudoeste do país, onde a epidemia teve início. Após um intervalo no surgimento de novos casos na Guiné, as últimas semanas registraram um aumento no número de infecções e mortes decorrentes do Ebola. Há, atualmente, 17 pacientes em Conakry e nove em Guéckédou.

No centro transitório de Macenta, no sudoeste da Guiné, perto da fronteira com a Libéria, MSF está ajudando o Ministério da Saúde ao transferir os pacientes com Ebola de ambulância para avaliação de caso em Conakry ou Guéckédou. Os pacientes chegam de uma ampla região, incluindo a área de Nzerekore.

Números da Guiné
MSF conta atualmente com 31 profissionais internacionais e 300 profissionais guineenses trabalhando no país.

Até o momento, os centros de gestão de caso de MSF em Conakry receberam 232 pacientes, dos quais 124 tiveram confirmada a infecção pelo Ebola. Sessenta e quatro pacientes se recuperaram e voltaram para casa.

Em Guéckédou, os centros de gestão de caso de MSF receberam 366 pacientes até o momento, dos quais 169 tiveram confirmada a infecção pelo Ebola. Quarenta e seis pacientes se recuperaram e voltaram para seus lares.

Serra Leoa
Em Serra Leoa, o centro de gestão de casos de Ebola em Kailahun, perto da fronteira com a Guiné, foi ampliado para 80 leitos para lidar com o número cada vez maior de pacientes. Cerca de cinco a dez pacientes são recebidos por dia. Atualmente, há 60 pacientes no centro. Nove pacientes receberam alta no dia 4 de agosto depois de terem se curado da doença.

Enquanto isso, 200 agentes comunitários de saúde estão promovendo atividades de conscientização de saúde na região para difundir entre a população o conhecimento a respeito do Ebola e de como se proteger da infecção.

Números de Serra Leoa
Atualmente, MSF conta com 26 funcionários internacionais e 300 funcionários serra-leoneses trabalhando no país.

No total, os centros de gestão de casos de MSF receberam 260 pacientes, dos quais 174 tiveram confirmada a infecção pelo Ebola. Trinta e seis pacientes se recuperaram e voltaram para seus lares.

Libéria
A situação em Monróvia, capital da Libéria, é “catastrófica”, de acordo com Lindis Hurum, coordenadora de emergência de MSF na Libéria. Há relatos de pelo menos 40 funcionários de saúde infectados pelo Ebola nas últimas semanas. A maioria dos hospitais da cidade está fechada e há relatos de corpos largados em ruas e casas.

Equipes de MSF estão oferecendo apoio técnico para um centro de gestão de casos de Ebola em Monróvia, em parceria com o Ministério da Saúde, iniciando a construção de um novo centro de gestão de casos.

Uma equipe de MSF instalada em Guéckédou, Guiné, deu início recentemente a uma resposta na região de Lofa, Libéria, junto à fronteira com a Guiné, uma das mais afetadas pelo Ebola.

MSF está reforçando sua equipe atual de nove profissionais internacionais e dez profissionais liberianos, mas a organização está chegando ao limite de sua capacidade, sendo extremamente necessário que OMS, o Ministério da Saúde e outras organizações intensifiquem rápida e massivamente sua resposta na Libéria.

Serra Leoa: corrida contra o tempo para controlar o surto de Ebola

11/07/2014
A demora para encontrar e acompanhar pessoas que tiveram em contato com pessoas doentes facilita a propagação do vírus.

Nas últimas duas semanas, Médicos Sem Fronteiras (MSF) tratou mais de 70 pacientes com sintomas de Ebola no centro de tratamento de Kailahun, no leste de Serra Leoa. MSF está preocupada com a possibilidade de um aumento no número de pacientes, já que as equipes começaram a trabalhar para encontrar pessoas com o vírus.

“Para acomodar o crescente número de pacientes, MSF expandiu a capacidade do centro de tratamento de 32 para 65 leitos”, diz a coordenadora de emergência Anja Wolz.

Além de tratamento médico, para controlar o surto será necessário um grande número de pessoas para capacitar os profissionais de saúde em medidas de controle da infecção; acompanhar e rastrear as pessoas infectadas e seus contatos; criar uma rede de vigilância epidemiológica e disseminar mensagens de saúde pública.

Por conta de recursos humanos limitados, MSF está concentrando seus esforços no tratamento de pacientes e na educação das comunidades sobre a doença. No momento, mais de 150 profissionais nacionais e internacionais estão trabalhando no controle do surto em Serra Leoa.

MSF está preocupada com casos escondidos

MSF está correndo contra o tempo para impedir a propagação da doença. “Estamos enfrentando uma pressão imensa: quanto mais se demora para encontrar e acompanhar as pessoas que tiveram em contato com as pessoas doentes, mais difícil será controlar a doença”, diz Wolz.

O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS) estão começando a reforçar as equipes para o contato de rastreamento. De fato, os pacientes ainda precisam ser identificados – cerca de 40 foram registrados em apenas uma vila em Ngolahun (na Província do Leste, em Serra Leoa). “Ainda não temos ideia de quantas vilas foram afetadas. Tenho receio de que estejamos vendo apenas a ponta do iceberg”, acrescenta Wolz.

Instalações de tratamento especializado

Ao montar centros de tratamento e unidades de trânsito próximos aos vilarejos afetados, MSF pode tratar pacientes rapidamente e reduzir o risco de infecção nos hospitais locais e nas comunidades. Nas unidades de trânsito em Koindu e Daru, pacientes que apresentam os sintomas são isolados enquanto esperam os resultados dos exames.

A cepa Zaire do vírus Ebola pode matar até 90% dos pacientes, mas os pacientes que receberam tratamento aos primeiros sinais da doença têm mais chances de sobreviver.

Educação é indispensável

O Ebola gera medo dentro das comunidades e as pessoas com a doença são, frequentemente, estigmatizadas. “Famílias podem ser expulsas de suas cidades e as pessoas doentes podem ser deixadas para morrerem sozinhas”, diz Wolz. Apoio psicológico é oferecido aos pacientes e suas famílias. As equipes de MSF organizam atividades participativas de promoção de saúde com pacientes curados. Para reduzir o temor, também estão realizando campanhas de sensibilização para informar as pessoas sobre como o vírus se propaga. Assim como estão encorajando as pessoas a relatar casos de febre hemorrágica, evitar contato com pessoas infectadas com o vírus e a não tocar em cadáveres de alguém que contraiu Ebola.

O surto de Ebola que atualmente se espalha pela África Ocidental está alcançando níveis sem precedentes em termos de disseminação geográfica, número de casos e de vítimas. Segundo a OMS, foram registrados 848 casos de Ebola e 518 mortes na Guiné, Serra Leoa e Libéria desde o início do surto.

Nos dias 2 e 3 de julho de 2014, 11 ministros da Saúde da região, OMS e organizações internacionais se reuniram em Acra (Gana) para avaliar a situação e tomar medidas para frear o surto.

MSF pediu a todas as partes presentes para que transformem suas promessas em ações de campo imediatas – em outras palavras, para que disponibilizem médicos qualificados, que organizem sessões de treinamento sobre como tratar Ebola, que melhorem o rastreamento de contatos e ampliem as atividades de sensibilização.

MSF também pediu que líderes e pessoas influentes nos países afetados divulguem mensagens de saúde pública nas comunidades afetadas, já que essa é a única forma de reduzir o medo e o estigma.

Se contraído, o Ebola é uma das doenças mais mortais que existem. É um vírus altamente infeccioso que pode matar mais de 90% das pessoas que o contraem, causando pânico nas populações infectadas.

A organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) tratou centenas de pessoas com a doença e ajudou a conter inúmeras epidemias ameaçadoras.

“Eu estava coletando amostras de sangue de pacientes. Nós não tínhamos equipamentos de proteção suficientes e eu desenvolvi os mesmo sintomas”, diz Kiiza Isaac, um enfermeiro ugandense. “No dia 19 de novembro de 2007, recebi a confirmação do laboratório. Eu havia contraído Ebola”.

Fatos
A primeira vez que o vírus Ebola surgiu foi em 1976, em surtos simultâneos em Nzara, no Sudão, e em Yambuku, na República Democrática do Congo, em uma região situada próximo do Rio Ebola, que dá nome à doença.

Morcegos frutívoros são considerados os hospedeiros naturais do vírus Ebola. A taxa de fatalidade do vírus varia entre 25 e 90%, dependendo da cepa.

“MSF foi para Bundibugyo e administrou um centro de tratamento. Muitos pacientes receberam cuidados. Graças a Deus, eu sobrevivi. Depois da minha recuperação, me juntei a MSF”, conta Kiiza.

Estima-se que, até janeiro de 2013, mais de 1.800 casos de Ebola tenham sido diagnosticados e quase 1.300 mortes registradas.

Primeiramente, o vírus Ebola foi associado a um surto de 318 casos de uma doença hemorrágica no Zaire (hoje República Democrática do Congo), em 1976. Dos 318 casos, 280 pessoas morreram rapidamente. No mesmo ano, 284 pessoas no Sudão também foram infectadas com o vírus e 156 morreram.

Há cinco espécies do vírus Ebola: Bundibugyo, Costa do Marfim, Reston, Sudão e Zaire, nomes dados a partir dos locais de seus locais de origem. Quatro dessas cinco cepas causaram a doença em humanos. Mesmo que o vírus Reston possa infectar humanos, nenhuma enfermidade ou morte foi relatada.

MSF tratou centenas de pessoas afetadas pelo Ebola em Uganda, no Congo, na República Democrática do Congo, no Sudão, no Gabão e na Guiné. Em 2007, MSF conteve completamente uma epidemia de Ebola em Uganda.

O que causa o Ebola?

O Ebola pode ser contraído tanto de humanos como de animais. O vírus é transmitido por meio do contato com sangue, secreções ou outros fluídos corporais.

Agentes de saúde frequentemente são infectados enquanto tratam pacientes com Ebola. Isso pode ocorrer devido ao contato sem o uso de luvas, máscaras ou óculos de proteção apropriados.

Em algumas áreas da África, a infecção foi documentada por meio do contato com chimpanzés, gorilas, morcegos frutívoros, macacos, antílopes selvagens e porcos-espinhos contaminados encontrados mortos ou doentes na floresta tropical.

Enterros onde as pessoas têm contato direto com o falecido também podem transmitir o vírus, enquanto a transmissão por meio de sêmen infectado pode ocorrer até sete semanas após a recuperação clínica.
Ainda não há tratamento ou vacina para o Ebola.

Sintomas
No início, os sintomas não são específicos, o que dificulta o diagnóstico.

A doença é frequentemente caracterizada pelo início repentino de febre, fraqueza, dor muscular, dores de cabeça e inflamação na garganta. Isso é seguido por vômitos, diarreia, coceiras, deficiência nas funções hepáticas e renais e, em alguns casos, sangramento interno e externo.

Os sintomas podem aparecer de dois a 21 dias após a exposição ao vírus. Alguns pacientes podem ainda apresentar erupções cutâneas, olhos avermelhados, soluços, dores no peito e dificuldade para respirar e engolir.

Diagnóstico
Diagnosticar o Ebola é difícil porque os primeiros sintomas, como olhos avermelhados e erupções cutâneas, são comuns.

Infecções por Ebola só podem ser diagnosticadas definitivamente em laboratório, após a realização de cinco diferentes testes.

Esses testes são de grande risco biológico e devem ser conduzidos sob condições de máxima contenção. O número de transmissões de humano para humano ocorreu devido à falta de vestimentas de proteção.

“Agentes de saúde estão, particularmente, suscetíveis a contraírem o vírus, então, durante o tratamento dos pacientes, uma das nossas principais prioridades é treinar a equipe de saúde para reduzir o risco de contaminação pela doença enquanto estão cuidando de pessoas infectadas”, afirma Henry Gray, coordenador de emergência de MSF durante um surto de Ebola em Uganda em 2012.

“Nós temos que adotar procedimentos de segurança extremamente rigorosos para garantir que nenhum agente de saúde seja exposto ao vírus, seja por meio de material contaminado por pacientes ou lixo médico infectado com Ebola”.

Tratamento
Ainda não há tratamento ou vacina específicos para o Ebola.

O tratamento padrão para a doença limita-se à terapia de apoio, que consiste em hidratar o paciente, manter seus níveis de oxigênio e pressão sanguínea e tratar quaisquer infecções. Apesar das dificuldades para diagnosticar o Ebola nos estágios iniciais da doença, aqueles que apresentam os sintomas devem ser isolados e os profissionais de saúde pública notificados. A terapia de apoio pode continuar, desde que sejam utilizadas as vestimentas de proteção apropriadas até que amostras do paciente sejam testadas para confirmar a infecção.

MSF conteve um surto de Ebola em Uganda em 2012, instalando uma área de controle entorno do centro de tratamento.

O fim de um surto de Ebola apenas é declarado oficialmente após o término de 42 dias sem nenhum novo caso confirmado.

Não só atualize seu PCN, mas discuta em sua comunidade. Procure as autoridades de saúde de sua região e questione o que está sendo feito. O Brasil é costumeiramente atrasado nestas preparações e até o momento não vi nada do Ministério da saúde falando a respeito.

Falta água e outros serviços públicos. O que pode ser feito pelos governos?

24 jun, 2014 | 2 Comentários »

Em 88 nos Estados Unidos um grupo de profissionais que atuava com gestão de riscos, segurança e prevenção a desastres se reuniu e formou o que seria logo chamado de DRII – Disaster Recovery Institute International (Instituto Internacional de Recuperação de Desastres) acesse o https://drii.org/ e conheça-o. Atualmente o DRII está presente em mais de 100 países com mais de 20 mil profissionais certificados e habilitados a trabalhar com PREVENÇÃO, ESTRATÉGIA, PLANEJAMENTO, RESPOSTA A EMERGENCIAS E INCIDENTES e CONTINUIDADE DE NEGÓCIOS. Aqui no Brasil a DARYUS Educação os representa e oferece aos profissionais a opção de especializar-se no tema CONTINUIDADE DE NEGÓCIOS.

O que isto tem a ver com a crise de falta de água em SP e no que poderia ajudar os governos e vários setores de prevenção a melhorar ainda mais seus esforços e equipes?

Primeiro, muitos membros nos Estados Unidos, Europa e Asia do DRII são funcionários do governo. Nos EUA por exemplo, existe o Disaster Recovery framework. Uma estrutura planejada de resposta a incidentes, crises e desastres e que envolve várias agencias publicas como o FEMA (www.fema.org), a defesa civil americana. Apresentei isso ao ex-secretário geral de defesa civil, Cel. Humberto Viana, que achou muito interessante e pretendia trazer este tipo de conhecimento ao Brasil. Infelizmente devido a questões políticas saiu do governo.

Segundo, creio que o tema CONTINUIDADE DE NEGÓCIOS seja interpretado de uma forma incorreta no Brasil, onde muitos, e principalmente no governo, creem que é assunto de TECNOLOGIA ou algo relacionado a SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO. Venho a muitos anos palestrando, escrevendo e falando sobre isso, porém mesmo formando profissionais aqui no Brasil ainda temos poucos certificados e em condições de criar planejamentos e PLANOS DE CONTINUIDADE DE NEGÓCIOS para serviços e negócios que atendem a sociedade. Isto não é uma critica aos profissionais, muito pelo contrário. É uma critica ao mercado nacional e à FALTA DE VISÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, que é extremamente reativa em temas como este.

PLANO DE CONTINUIDADE DE NEGÓCIOS PARA SERVIÇOS PÚBLICOS.

Qual é o foco de um Plano de Continuidade de Negócios?

Bom, um Plano de Continuidade de Negócios não é apenas um papel com um plano romântico que serve para contar história. É o produto de um processo de Gestão que precisa ser formalizado e existir de fato.

Nos serviços públicos, como em qualquer prestação de serviços, é preciso identificar o que é fundamental e planejar a continuidade. Vejamos:

Vamos fazer uma Análise de Impactos (BIA), rápida para serviços fornecidos pelo governo: (consiste em pensar no pior cenário, ou seja, na interrupção prolongada do fornecimento ou prestação destes serviços à população no pior momento do ano)

1) Fornecimento de água
– impactos: imagem da administração, financeiros diretos e indiretos e impactos operacionais
2) Fornecimento de energia
– impactos: imagem da administração, financeiros diretos e indiretos, legais e impactos operacionais
3) Serviços de segurança pública
– impactos: imagem da administração, financeiros diretos e indiretos, legais e impactos operacionais
4) Serviços de saúde pública
– impactos: imagem da administração, financeiros diretos e indiretos e impactos operacionais
5) Serviços de assistência social
– impactos: imagem da administração e impactos operacionais
6) Fornecimento de educação pública
– impactos: imagem da administração, financeiros diretos e indiretos e impactos operacionais

É possível fazer um Plano de Continuidade de Negócios?

Sim, por exemplo, identificando todos os recursos necessários para o fornecimento de água que suportam este serviço, logo veremos: água (insumo), pessoas (técnicos e especialistas), tecnologia (equipamentos mecânicos e eletrônicos), parceiros e provedores (empresas que ajudam e prestam serviços para o governo nisso), informação (necessária em vários momentos) e infraestrutura (locais, estações de tratamento e outros prédios necessário, bem como locais de armazenamento). Isto posto, temos que identificar o que temos e em quais quantidades e capacidades, para planejar a continuidade de serviços num PIOR CENÁRIO, ou seja: A falta de água por vários meses consecutivos numa cidade como SP, de Novembro a Março.

Água – é um insumo principal e valioso, e cada vez mais raro. Raro por que? Por que é escasso e limitado. A quantidade de água no planeta não aumenta e o tratamento para uso é caro e leva tempo. Podemos usar água do mar? Sim, porém o tratamento é especifico. Aquíferos? Sim, porém é custoso. Água da chuva? Sim, quando temos chuva em volumes favoráveis. Criar reservatórios planejados de captação e armazenamento principais e de CONTINUIDADE? Sim, e isto precisa ser feito e implementado de 3 a 5 anos antes de precisar, para que tenha reservar emergenciais suficientes. Envolve INTENÇÃO, PLANEJAMENTO, GESTÃO DE CONTINUIDADE, TECNOLOGIAS e CORAGEM. É possível planejar a continuidade no fornecimento deste insumo, como na maioria deles, porém com muita antecedencia. Muitos insumos, exigem um armazenamento, tratamentos com custo duplicado, logistica de transporte ou transmissão e obras complexas. O Japão é um exemplo de como prover uma capacidade de resposta a incidentes para estes serviços, pois estão acostumados com grandes desastres. Jeferson, não é caro pensar e investir em uma estratégia complexa que levaria anos de implementação para um “Cenário que nunca pode ocorrer de fato”? Não. Se fizermos análises de riscos com foco em serviços periodicamente (ver a ISO 31000 e a ISO 22301), qualquer prestador de serviço, seja público ou privado, entenderá que o custo para se reagir a eventuais crises ou desastres SEM PREPARAÇAO anterior ou um bom Plano de continuidade de negócios (PCN) é muito maior, sem contar os impactos de imagem e legais incalculaveis.

PESSOAS – é um ativo principal, visto que para fornecer água a população não é somente tê-la é necessário especialistas na captação, tratamento e distribuição. Vários profissionais e consultorias podem ser envolvidos para as estratégias de CONTINUIDADE possíveis. Ao traçar as estratégias teremos que prová-las e validar, para que possamos ter condição de implementar. Pessoas, devidamente capacitadas e com as competências certas, incluindo profissionais de continuidade são fundamentais. E pessoas desorganizadas não servem para nada, é necessário processos que são executados organizadamente e cronologicamente para que os objetivos sejam atingidos. Lembrando que: Não é responsabilidade SOLITÁRIA do governo fazer tudo a respeito do PCN. Ele deve encabeçar, liderar, organizar, porém a população, empresas especializadas e outras empresas podem e devem participar de todo o desenvolvimento, aprovação e implementação.

Tecnologias – fundamentais e para isto temos hidro, eletro e técnica. Além de muitos servidores, sensores, medidores e outras tecnologias de automação eletromecânicas envolvidas. Quais tem continuidade? Eles possuem condições de disponibilidade? Como se fará a recuperação em caso de incidentes ou desastres? Compro, desenvolvo (por exemplo com universidades públicas) ou adapto? Tecnologia pode ser a saída para muitas estratégias, e temos ótimos profissionais nas univerdidades. Pela falta de planejamentos como este, muitas verbas deixam de ser investidas em pesquisas ou desenvolvimentos especificos de proteção aos serviços essenciais da população, e isto é uma cultura ruim e ultrapassada que ainda temos no Brasil.

Parceiros e provedores - muitos são essenciais, outros críticos, outros de apoio outros substituíveis. Precisamos identificar, classificar e planejar como faríamos a continuidade e contingencia destes serviços. Muitas vezes temos dependência, e este é um cenário a ser analisado.

Informação - critica, essencial, vulnerável e que precisa ter sua integridade, confidencialidade e disponibilidade garantida no processo de continuidade de negócios. Quanto vale a informação neste serviço? O quanto essencial é? Como protegê-la? e o quanto é importante na estratégia de continuidade deste serviço?

Bom, estou escrevendo e pensando nisso rapidamente, porém creio que, com uma análise cuidadosa e entendendo todos os processos necessários para o fornecimento de água, consigamos fazer um ótimo Plano de Continuidade de Negócios para isto. Terminamos por aqui? Não.

Além de identificar os processos, pessoas e tecnologias necessárias, é necessário educar as equipes da administração pública, começando pelo executivo, depois passando aos níveis gerenciais, e por último, não menos importante, as equipes operacionais. Todos têm responsabilidades num Plano de Continuidade e todos tem tarefas especificas a realizar antes, durante e depois de uma crise ou desastre.

O gerenciamento de crises é uma parte fundamental da resposta a crises ou desastres. A continuidade de negócios cuida disso. Não é só comunicação em crises, é todo o envolvimento, equipes, planejamento, CONDICIONAMENTO de resposta, incluindo a comunicação. Sala de crises, plano de gerenciamento de crises, planos de comunicação e outros são fundamentais.

Criar fundos de reserva para estas situações, é outra parte importante e necessita de planejamento, esforço executivo de prefeitos, governadores e aprovação de câmaras em geral. Sem falar da opinião pública que precisa ser trabalhada.

É possível planejar a continuidade de serviços essenciais e enfrentar crises de uma forma mais inteligente e organizada? Sim. Como? Investindo de modo global em continuidade de negócios, começando por uma mudança no entendimento dos altos executivos do governo, e criando condições para tal. Não existe “bala de prata” para isto. Existe planejamento, preparação e muito esforço.

TI a beira de uma crise de nervos!? O que fazer?

8 mai, 2014 | 1 Comentário »

work_stress

Acompanhando várias empresas e muitos relatos de executivos e alunos, infelizmente estamos vendo um colapso de algumas áreas de TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação.

O que fazer quando o TI está a beira do colapso e as pessoas nos corredores mais reclamam e lamentam do que trabalham?

E quando pessoas estão se demitindo todos os dias?

O estresse é nítido nos olhos das pessoas do TI, e muitos reclamam que não tem vida pessoal, não veem os filhos e não conseguem nem aos finais de semana descansar?

O que fazer?

Creio que para muitos profissionais de TI este seja um quadro típico e até parece normal. Para os mais novos, seja até emocionante.

Porém, para a maioria dos profissionais entusiastas de TI, NERDS, apaixonados pela tecnologia e pelo que fazem, não seja um cenário muito bom. Eles estão repensando se realmente continuam apostando nessa área, ou abandonam e procuram algo que lhes trará mais prazer, liberdade e menos estresse. Mesmo ganhando menos em dinheiro.


Cenário do inferno!

Muitas áreas de TI estão a beira de um colapso por um fato recente na história do TI brasileiro.

Muitas empresas passaram por processos de redução de custos, e o que não se entende, se corta!

Como TI por muitos anos foi classificado como “Poço sem fundo”, “Área que só gasta dinheiro”, “povo que fala klingon” e etc. (E muito por culpa do próprio TI), isto foi um fator a mais para que o TI tivesse cortes grandes e muita terceirização.

Isto fez com que muitas equipes de TI perdessem seus principais especialistas, pois custavam caro e não apresentavam seu REAL VALOR aos contratantes geralmente internos (cliente interno).

Com equipes menores, e o mercado mundial cada vez mais dependente de TI, o próprio momento se encarregou de gerar o problema.

Muitas áreas de TI para a Índia, devido a custo menor.
Muitas áreas de TI sobrecarregadas.
Muitas áreas de TI gerindo contratos (a maioria destas áreas mal conseguia gerir projetos, o que dizer de contratos!?).
Muitas áreas de TI a beira de um ataque de nervos!

A importância do ITIL e outras melhores práticas

Vemos todos os dias clientes com processos de TI totalmente fora de controle, cada um faz um pedaço, todos olham para o seu quadrado, e cadê o piloto? Ele sumiu!
Quem é o pai do processo? Não há.
Ué! mas cadê a gestão? O CIO? O CTO? também não estão fazendo a coisa certa, pois estão apagando incêndios também.

Muitos gestores, com perfis mais técnicos ou de desenvolvimento de software, conquistaram seus espaços por ideias criativas, ótima liderança de equipe, bom controle de projetos ou até mesmo por um currículo invejável, e isso é louvável. Parabéns a todos eles.

Porém, mesmo com MBA e outros cursos, não são e não foram preparados para serem gestores de processos. Não tiveram isso na faculdade, muito menos no MBA, e tem muita dificuldade de implementar melhores práticas como o ITIL – Information Technology Infrastructure Library., COBIT e outras.

Muitos desconhecem a existência de uma ISO para gestão de serviços de TI, a ISO 20.000, uma norma internacional (veja ISO.org) voltada para a qualidade da gestão de serviços de TI. Ou a ignoram, pois ninguém está cobrando isto no momento.

E COBIT, será que sabem o que é, e para que serve? Como isto pode realmente ajudá-los a tornar o TI mais valorizado, menos estressado e mostrando o VALOR.

Um ponto super importante de ITIL e COBIT por exemplo, é o cuidado e a necessidade de se ter um bom escritório de projetos. Não é cuidar de projetos ou ter um profissional que é mal preparado para “cuidar de projetos”. Quer levar a sério, invista para que seu processo seja muito consistente e bem implementado (PMO), e para que seu(s) “gerente e projeto”, pelo menos tenha uma certificação PMP do PMI (veja pmi.org), ou fique 100% focado só nesta função e esteja estudando sobre isso. É 100% gerente de projeto.

O que estas melhores práticas e normas me trazem de VALOR? Tudo!

São elas que DEMONSTRARAM o REAL VALOR do TI para seu cliente interno, ou até mesmo externo?

O ITIL é uma biblioteca, ou seja livros, que trazem experiência e ciência para se aplicada na prática. E funciona mesmo! Ele apresenta o que tatica e operacionalmente os principais processos de TI devem fazer e entregar, e quais os cuidados que se deve ter com estes processos, além dos indicadores que se precisa obter. Estes são alguns processos necessários a gestão de serviços de TI: (aliás! já existem em 99% das áreas de TI, é só organizá-los e melhorá-los)

Processo de Gestão de Mudança
Processo de Gestão de Incidentes
Processo de Gestão de Capacidades
Processo de Gestão de Continuidade (foco em serviços e infra de TI)
Processo de Gestão de Problemas
Processo de Gestão de Configurações
Processo de Gestão de Liberação (versões de softwares e outros)
Processo de Gestão das Finanças e contratos de TI
Processo de Gestão de Segurança da Informação (foco em serviços e infra de TI)

Bom, creio que todos façam sentido à você, correto? Correto!

Esqueça o termo Gestão. Pense em um processo que precisa existir (geralmente já existe, porém não com este nome internamente), e que precisa ter um DONO, que saiba seus deveres e responsabilidades, que tenha em sua mente todas as atividades cíclicas do processo, e que preste contas sobre isso semanalmente a você gestor. É isso! simples assim.

Pô Jeferson! Mal eu tenho equipe como vou fazer para manter estes processos todos?

Bom, talvez você já faça só que de forma desorganizada, não documentada, sem mostrar o REAL VALOR do seu trabalho. Camela, Camela, Camela! E se sente injustiçado o tempo todo, e acha que deveria estar ganhando mais dinheiro!?

Tem empresa que os processos existem, porém estão espalhados na TI, sem donos e muitos fazem pequenas partes dele. O pior é que muitas vezes espalhados entre várias gerencias (gera outro problema) e o comando fica dividido, portanto tende ao CAOS.

Como mapear (entender) isso?

Como documentar? se esta criança tem vários pais, porém ninguém o assume de fato?

E o que deve ser entregue de VALOR sobre isto? Ninguém sabe ao certo. Desta forma o TI vira um grande corpo de bombeiros apagando incêndio toda hora. (sem ofender os bombeiros, que sabem o que é processo, doutrina e seguem isso fielmente)

Muitos gerentes acham que o fato de ter uma equipe que é boa para apagar incêndios no ultimo minuto e reverter pequenas crises torna o TI imbatível e isso é VALOR. Será? (Anote: Clientes não compram esforços!)

Qual é a percepção de valor das outras áreas da empresa em relação ao TI?
Tem coragem de pesquisar?

Tem gerente de TI fazendo pesquisa sobre o tempo de atendimento no suporte ao usuário, tempo de resolução do chamado e não questiona se o cliente foi bem atendido, e mostra como valor apenas TEMPOS, TEMPOS e TEMPOS. Como se o TI ganhasse por atendimento efetuado e não por QUALIDADE DE SERVIÇO. É uma inversão de valores arriscada.

Por mais técnico que você seja, talvez o JEDI MASTER BLASTER FULL, cheio de certificações, quando sentar para ser gestor, precisa ser gestor. E isto é muito mais do que ser legal e amado pela pessoas! (Ou odiado, o que acontece com muitos!)

Ser gestor é ter certeza de que seus processos estão funcionando, entregando valor, gerando indicadores com qualidade para que você possa tomar decisões com qualidade também. Imagine um avião de passageiros com indicadores ruins e erros, como o piloto tomaria decisões? Equívocos custariam muito caro?

Algumas perguntas importantes para refletir e fazer um PLANO DE AÇÃO inicial

1- Será que seu recebimento de DEMANDAS está correto? O que é demanda para sua equipe? Como categoria e classifica?

2- Sua Gestão de Projetos gerencia ou cuida de projetos? Consolidar status report toda sexta não é gerenciar!

3- Como é feito a contratação de fornecedores, e como estes contratos são monitorados e criteriosamente medidos periodicamente? Ou você contratou e lavou as mãos!? (Isso é ter muita fé!)

4- Tem muitos terceiros na sua equipe? Eles gostam de você? Como garante segurança e incentivos para eles? Como os retém se forem bons?

5- Como faz a Gestão de Incidentes? Quem faz? Estão capacitados para tal? Qual a relação entre Incidentes e problemas? Qual a relação de RTO (Continuidade de Negócios) com os SLAs e qual a diferença entre: evento, incidente, problema e crise?

6- Está tudo documentado na TI, começando pelos próprios processos, controles (ou agora práticas de controle), inventário de hardware e software, configurações?

7- Quem te apoia na medição do desempenho da sua TI? Isto foi construido com o aval das áreas de negócios que são seus clientes internos? Isto está alinhado com os objetivos estratégicos da companhia?

8- Tem segurança da informação no seu TI, ou apenas uma pessoas não tão capacitadas para tal, cuidando da segurança de TI, que resume-se a: firewall, antivírus e algumas caixinhas que seus fornecedores garantem que é seguro até a morte? Você fica feliz porque não tem incidentes? Porém, não sabe se tem realmente e como monitorar isso? (É melhor nem falar nisso?

9- Terceirizou, e agora se contenta somente com os relatórios e níveis de SLA que parecem ótimos fornecidos pelo fornecedor? Porém, toma porrada toda auditoria, pois a auditoria usa o COBIT para auditar, e você nem sabe direito o que é isso? Acha eles injustos, e só pedem papeis e documentos que você não tem?

10- Tem um pessoal de processos, governança e talvez ITIL, mas não dá apoio e deixa eles realmente fazerem a função deles. E na verdade acha tudo isto besteira, porém tem que passar na auditoria. Realmente entende que isso pode demonstrar o REAL VALOR da sua equipe e do seu trabalho?

E uma última de bônus:
11- Seu TI sobrevive aos trancos e barrancos, porém você também, gestor, está de Sa…Che…! É mal compreendido, e não quer algo demorado para implementar.

Não quer uma caça as bruxas e admitir que sua casa tem problemas? Que seu modelo de gestão tem problemas? Que processos para você são apenas rotinas de software, e que se pudesse automatizaria tudo, até mesmo as pessoas?

Há luz no fim do túnel!

Mesmo quando o negócio não é TI ou o negócio principal da empresa não é dependente de TI, os empresários e executivos precisam entender que TI é um mal necessário. E depois da Internet, mais ainda.

A internet tem um impacto socioeconômico tão importante quanto a invenção da roda. Todos os dias temos o desafio de entender novas tecnologias pequenas conectadas e impactantes. Idéias fluem em um sopro de internet a cada segundo!

Para um gestor de TI, independente do cargo, o foco deve ser PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. Toda área de TI é uma grande prestadora de serviços e não de produtos.

Querendo ou não, você precisa de uma equipe PREPARADA (Conhecimento e competências necessárias), MOTIVADA (sabendo o que faz, quando faz, porque faz e tendo tempo para respirar e coletar os indicadores), EQUILIBRADA (trabalhando em equipe, com responsabilidade bem definidas e com liderança).

Os processos precisam ser implementados, e isto leva tempo e APOIO EXECUTIVO.

Tem que se mapear e modelar processos atuais para você VER, TER CERTEZA DOS PROBLEMAS ATUAIS e OPORTUNIDADES DE AJUSTES E/OU MELHORIA. Só assim vai gerir!

É a diferença de um time com um bom técnico, esquema tático e jogadores bons (preparados tanto tática e tecnicamente), e de outro time que é um time de craques, porém não tem tática, esquemas, a técnica existe, mas sozinha não ganha jogo.

Jogos são ganhos com técnica, suor e equilíbrio da equipe. Campeonatos são ganhos com o planejamento, gestão, ou seja PEM – PREPARO, MOTIVAÇÃO e EQUILÍBRIO.

Próximos passos

1- Seja um Coach/Mentor/Técnico e não um capataz!
2- Aceite a critica, pois gestão não é exatas e o tempo muitas vezes é o segredo
3- Equipes boas e craques não ganham jogo! Processos, Planejamento e Definição de papéis e responsabilidades ganham jogos.
4- Projetos são projetos, e demandas tem critério e método para serem tratados
5- Seja a mudança em si! Dê o exemplo! Seja humilde!
6- Aprenda o ITIL, o COBIT, TOGAF, ISO 20.000, Segurança da Informação. Da década de 60,70 e 80 pra cá muita coisa mudou.
7- Equipes podem mudar. Processos não! Ou pelo menos devem refletir o DNA do gestor, da empresa, dos controles de qualidade e de segurança existentes. (segurança no sentido mais amplo do palavra)
8- Gestão começa com papel. Organize-se! Plano de Projeto, Plano de Ataque, Plano Diretor. Política e Normas. Busque conhecimento de Qualidade (veja ISO 9001).
9- Aprenda a ouvir as áreas de negócio. Pesquise, fale, aprenda o negócio!
10- Tem CIO virando Presidente de empresa! Lhe garanto que não foi o conhecimento técnico que o colocou lá. Foi o saber entender, ouvir, fazer, a capacidade de implementar processos e imprimir seu DNA no legado que deixou, e conhecer muito sobre o mercado onde está e o negócio em si.

Mudanças ocorrem naturalmente, e lembre-se que os dinossauros já foram extintos. ITIL, COBIT, TOGAF, Segurança da Informação, Riscos, Gestão por processos, Governança de TI são assuntos novos para mentes abertas e pessoas com capacidade de mudar e mudar ao seu redor.

Não existe matemática nisso!
Não existe exatas nisso!
É apenas gestão, e gestão se faz com pessoas determinadas a melhorar cada vez mais tudo o que fazem, criticando a si mesmo e adaptando-se, e bons processos.

Presidente da República pode permitir forças estrangeiras em território nacional independente da autorização do Congresso.

24 abr, 2014 | Nenhum Comentário »

Aprovado na quarta-feira dia 23/04/2014 por 270 votos a 1, o Projeto de Lei Complementar número 276/02, do Executivo, que permite ao presidente da República delegar ao ministro da Defesa a concessão de permissão para o trânsito e a permanência temporária de forças estrangeiras no Brasil independente de autorização do Congresso Nacional, para determinador casos previstos, que são:

1 – execução de programas de treinamento e missão de transporte de pessoal ou carga coordenada por instituição pública brasileira;
2 – visitas oficiais ou não, programadas por órgãos do governo;
3 – atendimento técnico, para abastecimento, reparo ou manutenção de navios ou aeronaves estrangeiras;
4 – missão de busca e salvamento.

Fora desses casos, o Congresso Nacional deve sempre ser ouvido para a autorização. Ufa!

O objetivo maior é desburocratizar e facilitar, visto que temos dois grandes eventos internacionais no radar até 2016, e muitos diplomatas e autoridades estrangeiras visitando o país.

Segundo o Executivo, “é frequente a demanda de sobrevoo e pouso de aviões militares de países vizinhos. No início da década passada, época em que o projeto foi apresentado, uma média de 800 pedidos por ano, e mais de 50 navios de forças estrangeiras.

Aprovado como uma emenda substitutiva apresentada pelo deputado Lincoln Portela (PR-MG), a matéria ainda deverá ser votada pelo Senado.

ISTO NÃO É NOVIDADE!

Em Brasília, 1º de outubro de 1997, o então VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA no exercício do cargo de PRESIDENTE DA REPÚBLICA, MARCO ANTONIO DE OLIVEIRA MACIEL, sancionou a seguinte lei:

“Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

Art. 1º Poderá o Presidente da República permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, independente da autorização do Congresso Nacional, nos seguintes casos:

I – para a execução de programas de adestramento ou aperfeiçoamento ou de missão militar de transporte, de pessoal, carga ou de apoio logístico do interesse e sob a coordenação de instituição pública nacional;

II – em visita oficial ou não oficial programada pelos órgãos governamentais, inclusive as de finalidade científica e tecnológica;

III – para atendimento técnico, nas situações de abastecimento, reparo ou manutenção de navios ou aeronaves estrangeiras;

IV – em missão de busca e salvamento.

Parágrafo único. À exceção dos casos previstos neste artigo, o Presidente da República dependerá da autorização do Congresso Nacional para permitir que forças estrangeiras transitem ou permaneçam no território nacional, quando será ouvido, sempre, o Conselho de Defesa Nacional.

Art. 2° Em qualquer caso, dependendo ou não da manifestação do Congresso Nacional, a permanência ou trânsito de forças estrangeiras no território nacional só poderá ocorrer observados os seguintes requisitos, à exceção dos casos previstos nos incisos III e IV do artigo anterior, quando caracterizada situação de emergência:

I – que o tempo de permanência ou o trecho a ser transitado tenha sido previamente estabelecido;

II – que o Brasil mantenha relações diplomáticas com o país a que pertençam as forças estrangeiras;

III – que a finalidade do trânsito ou da permanência no território nacional haja sido plenamente declarada;

IV – que o quantitativo do contingente ou grupamento, bem como os veículos e equipamentos bélicos integrantes da força hajam sido previamente especificados;

V – que as forças estrangeiras não provenham de países beligerantes, circunstância a ser prevista em lei especial;

Parágrafo único. Implicará em crime de responsabilidade o ato de autorização do Presidente da República sem que tenham sido preenchidos os requisitos previstos nos incisos deste artigo, bem como quando a permissão não seja precedida da autorização do Congresso Nacional, nos casos em que se fizer necessária.

Art. 3° Verificada hipótese em que seja necessária a autorização do Congresso Nacional para o trânsito ou permanência de forças estrangeiras no território nacional, observar-se-ão os seguintes procedimentos:

I – o Presidente da República encaminhará mensagem ao Congresso Nacional, que tramitará na forma de projeto de decreto legislativo, instruída com o conteúdo das informações de que tratam os incisos I a V do artigo anterior.

II – a matéria tramitará em regime de urgência, com precedência sobre qualquer outra na Ordem do Dia que não tenha preferência constitucional.

Art. 4° Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se forças estrangeiras o grupamento ou contingente de força armada, bem como o navio, a aeronave e a viatura que pertençam ou estejam a serviço dessas forças.

Art. 5° Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 6° Revogam-se as disposições em contrário.”

Este tipo de lei ou emenda é normal entre países aliados, porém o que intriga é a questão de muito dinheiro enviado à CUBA com o rótulo SECRETO da informação, o “apoio” a construção de um porto no mesmo país e a constante relação duvidosa entre estes pseudo aliados. Aliança ela que economicamente para o Brasil não tem valor algum.

Não bastasse a distante cultura, raízes e a língua para nos distanciar dos vizinhos, creio que o Brasil não pode ser apoio ou socorro de países que historicamente nunca geraram nada na balança comercial.

Bom, espero que o congresso e o senado estejam realmente representando o povo, e que o povo esteja repensando bem os votos para as próximas eleições.

Conseguimos em 12 anos deste Governo regredir uns 30 anos em Gestão Pública, Internacional e economicamente estamos no limite. Energia, Gás e Óleo, Segurança, Saúde, tudo isto não estava nos tais PACs?

PAC significa Plano de Ajuda aos Companheiros?

NEtmundial, Marco Civil….e ai o que muda? Governança ou Desgovernança de riscos?

23 abr, 2014 | Nenhum Comentário »

Este evento traz o Brasil para a posição de debatedor, discutidor e pensador em relação as leis e regras na Internet.

NetMundial trata-se de um evento sobre governança da internet que começa nesta quarta-feira, 23, em São Paulo, o comando do evento pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

O objetivo maior é o de plantar uma semente sobre Direito, Consensos e Regras para minimizar riscos associados a privacidade, fraudes, bulling, trafico de drogas entre outras. Um ponto importante de salientar é a iniciativa sobre como o Brasil pode fazer GOVERNANÇA da Internet, e como podemos influenciar outras forças políticas mundiais como EUA, Inglaterra, Alemanha e França neste processo.

Em busca da Liderança

O Secretário, Almeida, do MCTI, reforça que a NetMundial “não é uma reunião do governo brasileiro, nem de governos, mas que o país reúne características que legitimam um papel de liderança no debate.”

Qualquer ato de governança deve ser louvável, porém para isso o Governo brasileiro precisa primeiro aprender a GOVERNANÇA Corporativa que não faz e gasta mais do que arrecada, bem como não consegue fiscalizar leis e normas antigas dos setores de saúde, telecomunicações, bancário e do próprio incentivo ao desenvolvimento de mercado, que poderia em parte ser feito pelo BNDES, ao invés de emprestar dinheiro na emoção empresários do setor de Gás e Óleo em projetos megalomaníacos.

Para realmente evoluirmos no uso e regras da Internet o Brasil precisa primeiro eleger um novo Presidente e um Governo que olhe para a frente, não apenas para 4 anos, mas para 50 anos a frente. Governança é isso! E progresso é isso! Educar para mudar. Educar não é ensinar o básico do básico e não reprovar até a 5a. série, isto é DESGOVERNANÇA!

O Governo atual tem lampejos de ideias brilhantes, e um excesso de confiança que inspira as piores decisões e total despreparo para liderar um país e conduzir a nação ao crescimento. São ideias e iniciativas legais como: NetMundial, Programas de mestrado no exterior, verbas para empresas de softwares, porém, esquecem da base:

1 ) Ensino de tecnologia, inglês e segurança da informação da 1a. a 8a. série. (As crianças são alvo de tudo que não presta, menos alvo do governo para educá-los e a ensiná-los a se proteger!)
2 ) Melhoria salarial e das condições aos professores públicos;
3 ) Infraestrutura tecnológica e orientações sobre uso da internet e seus recursos (isto é importante, haja visto a falta de tecnologia em escolas públicas ou a obsolescência dos poucos que existem. (E não conta falar de SP, RJ, BH e Porto Alegre);
4 ) Não se ensina liderança e gestão nos colégios, então como formaremos líderes. Existem iniciativas como o Colégio Germinare do Grupo Friboi que deveriam ter o apoio do governo e copiar o modelo, para ai sim falarmos de liderança na Netmundial.
5 ) A Falta de Governança e Gestão de Riscos no Ministério de Minas e Energia, nos últimos 10 anos refletiu agora as vésperas de eventos grandiosos, e demonstra o despreparo total do Governo. Uma inflação que deve chegar a 6,51% conforme dados do Banco Central.
6 ) O povo brasileiro não é retardado, ele apenas precisa de orientação e educação básica melhor, a partir dai o próprio povo leva o país ao sucesso. Temos esta síndrome de que o Estado deve educar, proteger, nos garantir emprego, nos alimentar e etc. Isto precisa mudar, e isto a Internet pode ajudar a mudar como nunca. JK? TV? Tudo isto já foi, e o Brasil está perdendo tempo e vendo a Internet passar. Bons projetos começam nos colégios e faculdades lá fora, com supervisão e apoio do governo e empresas privadas, e por aqui?
7 ) Enterra-se pessoas com identidades no bolso em SP como indigentes, você acha mesmo que o Governo em geral está tirando os bons valores do uso da tecnologia? É isso mesmo, em 2014!
8 ) Quais prédios do Governo de SP tem reuso de água e sustentabilidade no projeto?
9 ) Escolas e Faculdades como a USP leste são construidas com erros de projeto básicos.
10 ) E o Marco Civil? bom, ou apenas uma distração para casos mais graves como a lambança da Petrobras. Se fosse uma empresa privada, grande parte da Diretoria estaria na rua.

A internet é pública, gratuita, é um celeiro para a educação, uma revolução, e totalmente vulnerável, corrompivel e pronta para uma geração de hackers que usarão para o bem e mal.

Net Mundial é uma iniciativa boa do Brasil como sempre: Começa com ideias brilhantes, toca fogo na festa e depois dorme no auge da festa! Temos que mudar isso para falarmos de NetMundial e Governança de Riscos.

Você sabia que o Brasil é um dos fundadores do fórum chamado ISO, que determina as principais normas internacionais para Negócios e confiança entre mercados? Sabe quantas ISO’s tem?